A fasquia esteve sempre muito baixa, e assim mantinha-me numa zona de conforto, feliz com pouco que era o bastante...no fim das contas, o que mais poderia desejar? Um dia vi-me sem absolutamente sem ninguém, e se há alturas, com orgulho me assumo "orgulhosamente só". Há aquele dia, que por qualquer motivo, observo um homem lindo, olhos amendoados, sorriso maroto, corpo escultural e penso, é areia, muita areia para a minha camioneta. Ao meu lado, miúdas com síndroma de mongolismo, unicamente mental, passeiam-se com belíssimos exemplares por essa Lisboa.Pergunto-me, não haverá no mundo, alguém com predisposição para me amar pelo que eu sou? Para logo depois a resposta fazer-se ouvir no meu subconsciente, enquanto continuar a pedir desculpa por ter nascido, não haverá homem que me queira a seu lado. E até o gato, só se mantém fiel, porque lhe fecho a porta a sete chaves.
