Adoro animais. E num interessante documentário na TVI24, cientistas, concluíam que os macacos devidamente estimulados riem, sorriem ou chegam mesmo a dar grandes gargalhadas. Foi bastante enternecedor, comparar os símios a nós e realmente alguns casos era mesmo flagrante. Num outro registo, os ratos também riem, é mais difícil de captar o som, mas ficam maravilhados com a brincadeira e uma vez que parem os estímulos, dão pequenas mordiscadelas na mão do cientista, pedindo mais umas cócegas e assim divertir-se. Hoje quase não falei de outra coisa, calha-me a Cristina e a sua terapia do riso, e encontro a colega Manuela que me confidencia que o seu cão sorri com os olhos, uma coisa linda de se ver. E eu penso, o cabrão do meu gato, deve andar sempre mal disposto. Só pode ser mau feitio, porque compro-lhe a comida mais cara, fica com o melhor lugar na cama, tem total acesso à casa e eu que pague a renda e lhe limpe a merda, enquanto "o doce caramelo", ainda se peida mesmo nas minhas fuças em sinal de agradecimento. Eu acho que não há animal mais lindo no mundo que o felino, têm os olhos mais hipnóticos do reino, mas é com um prazer mórbido que nos recordam, todos os dias da nossa vida, que não valemos ponta de chavelho e que por mais que nos esforcemos, nunca seremos bons o suficiente. Ao ponto que a sua espécie, não tem razão de existir, mas eles convencem-nos apenas com aquele olhar, que o mundo fica mais bonito porque nele habitam e por isso devemos sentir-nos gratos.
