Soube desde tenra idade, alianças não. Relações sérias que as tive, nem me falassem nessa possibilidade. Esclarecia logo à partida a minha forma de conceber o amor e não inclui, partilhas de tecto, anéis, filhos ou a cabeça no cepo. Hoje, a Filipa, com quem tenho vindo a estreitar relações, e jura-me a pés juntos que não é fufa, trouxe-me alguns anéis para vender. Adoro anéis e raras vezes encontro os que me agradem, tenho o problema de oxidarem com o meu suor, mesmo assim não resisti. Comprei-lhe quatro: wisdom, hope, free, love. Os lemas da minha vida, sem que isso queira dizer que venha para aqui dar moral e escrever frases bonitas para receber comentários que mais não são do que "pancadinhas" nas costas. Para isso, andam ai vocês! BITCHES!
Eu sou a bardajona que no fundo, sente-se amarrada com o raio dos anéis. Parecem-me alianças, pela cor, pelo formato, mais um bocadinho e comprava "til death do us part". Gosto deles, uso-os no momento, observo-os enquanto os meus dedos deslisam pelo teclado, mas há uma certa azia que se instala, mesmo que inconscientemente. Direi, para auto conforto, sou comprometida comigo e com os meus princípios. E mesmo que ultimamente tenha engolido alguns sapos, e olhado na cara de algumas pessoas que só desejaria vê-las evaporadas da minha vida, mantenho-me fiel.
Sobrevivência, é um conceito interessante que tenho desenvolvido com a idade....
