segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sexualmente reformada


O Guilherme abriu muito os olhos, estático na cadeira, falava tão sério que mal dava para acreditar "temos de matar esse gato, ele é um bloqueador na tua vida". Hoje meio constipada, só me apetece canja, confesso que adoraria metê-lo na panela com um caldo Knorr e um bocado de arroz e talvez passasse por coelho do campo. Mas depois quem me aquecia os pés à noite?? Há consequências, muitas até, quando se tem esta cumplicidade com um animal de quatro patas. Por exemplo, quando comecei a viver sozinha, ainda sem felino, imaginei na minha cabeça experimentar todos os cantos da casa para a "ramboia", a solo ou acompanhada, no way! O meu gato controla os meus passos, está sempre em cima de mim, e mesmo que o queira pôr fora do quarto para um pouco de privacidade...sinto que ficará do lado de lá da porta a escutar as movimentações. No outro dia passeava-se por cima da mesa de cabeceira e eu falava-lhe "olha lá tens noção que deste cabo da minha vida sexual?! Seguiu para os pés da minha cama e auto felaciou-se como quem diz, aguenta e não chora.