Constipada e drunfada, um mix explosivo. Havia no entanto um objectivo a que me tinha proposto, ir à terra que me cheira sempre a cagalhão, mas cujas pessoas são razão suficiente para ultrapassar este detalhe olfactivo. Ilvico, a farmacêutica garantiu que não dava moleza, mentiu com todos os dentes, precisava de um cafezorro para ganhar energias. Antes de entrar numa espécie de loft com uma vista maravilhosa para o Tejo, mesmo ao lado há o bairro social. Pé ante pé, sinto-me uma "outsider", muitos olhos se dirigem a mim....ou será para o ridículo casaco que comprei nos saldos?? Entro no Suiça, o café, bonitinho e acolhedor. As pessoas, obscuras, fumam, bebem, reviram as páginas do jornal e assistem ao "Você na TV" com o Goucha e a loirinha. Terminei a bica, desci as escadas e deixei para trás aquelas gentes que vivem tão perto e tão longe de mim, simultaneamente., Quase corri, porque não pertenço ali , reconhecendo-me como a tal princesinha na sua casa de bonecas, algures numa redoma de vidro.
