Ontem vi o novo que retrata um pedaço de vida de Miss Monroe. Sou apaixonada pelo ícone e o verdadeiro carácter que se esconde naquele ar tonto. Como actriz não vale grande coisa, nem como cantora, esse foi o seu grande calcanhar de Aquiles, como é de Madonna, com a diferença que a "material mamma" é uma máquina de guerra e Marylin era frágil como cristal. Madonna canta mal, sabe-o, sofre em silêncio, mas prossegue, porque ninguém a vai calar. Com a Marylin não era bem assim, o sofrimento de não conseguir ultrapassar as suas limitações levavam-na à auto-destruição. E se retirássemos o álcool e os comprimidos, no fundo, havia apenas uma mulher com o desejo de ser amada e construir a sua família. Mas nem isso conseguiu. Há tanto e tão pouco em comum entre mim e Marylin que me comovi e chorei na sala VIP das Amoreiras, enquanto escrevia um postal odioso a uma querida amiga, que às vezes sabe ser uma verdadeira cabra.
