Para que existe o amigo gay?
Ora essa, para levar-me a lanchar à Versailles, local onde se reúne o maior número de cabelinhos tufados por metro quadrado. Saímos à rua, caminhamos pela Lisboa já anoitecida, ele arranja-me o cachecol para ficar bem quentinha e em troca pela amabilidade, oiço 20 minutos seguidinhos acerca do encanto do Festival da Eurovisão.
O amigo gay, para que serve?
Então, recordar "guilty pleasures" há muito adormecidos como o papilon da pequenina Sandra Kim em "J'aime La Vie", as botas da tropa da Dora em "Não sejas mau pra mim" ou até as luvas vermelhas da Riva com "Rock me baby". Por essa altura, gravava os festivais, com um micro rádio colado à televisão Radiola, e não era menos feliz por isso...
