Muitos irão ficar aborrecidos, mas não conseguirão parar de ler, quando disser que neste post se irá falar de caralho, uma vez mais. Meus queridos púdicos, tantas vezes limito-me a passar a limpo, histórias que oiço na mesa do café, autênticas pérolas que não devem morrer entre um muffin molhadinho no leite. Nessa tarde, havia bolachinhas de aveia e recheio de mel, ensopadinhos em moca. A minha companhia forçava-me a ir à página do facebook da esposa do amante, prometeu que não me riria com a pergunta que não tardaria, não pude jurar, mas mal ouvi aquele absurdo foi tal o engasgo que meia bolacha saiu-me pelo nariz e meio Starbucks olhou para nós, se alguém riu, eu não fui. «Gata, achas que ela é mais gorda que eu? », insistia. E de volta do lenço a recuperar bocados de bolacha perdidos no muco nasal, espreitava o telemóvel, observando a foto da que lava as cuecas do amante da minha cara amiga. Argumentei muito, em torno nem sei do quê, factualmente não respondi à pergunta. Mas ao que parece alguém já o fizera eficazmente. «A Tânia diz que ela parece um caralho sem pescoço», e nesse momento, a moca, a única coisa que sobrara do lanche, qual efeito espanador, aterrou na mesa do lado. Aquilo sim, teve muita graça. O lanche, não se pode dizer, perdido, tivemos ao menos uma barrigada de riso.
