domingo, 11 de março de 2012

A dama....sem o ferro...


Lisboa, nem sei bem onde. Uma daquelas comunidades de estudantes, o tema era México, porque os organizadores celebram um ano de estadia em Portugal e, como se isso fosse realmente motivo de celebração, ali juntaram tudo o que era gente para comer, beber e dançar....música mexicana. E eu, completamente "fora" do meu ambiente. Pensavam que era uma estranja qualquer, diziam que no terceiro piso moram as meninas do norte da europa, talvez confundida com uma, houve uma mexicano horrendo a tentar meter conversa comigo. Fui para a varanda, se me sentisse com um ataque de claustrofobia, não hesitava em saltar.Apareceu a Margarida, feia, gorda e borbulhenta, cheia de maquilhagem, mas uma joia de simpatia. E ali ficamos na conversa, até que concluímos que naquela festa não havia um único homem bonito. Como vingança, roubamos um ferro de engomar que bem falta me fazia cá em casa. Mas como sou rapariga de consciencia, cheguei ao fundo da rua, algo envergonhada, voltei atrás e meti o ferro à porta da casa dos bacaninhos. Será um enorme mistério pela manhã....tudo ainda meio ressacado, questionando-se, o que raio faria um ferro à porta de casa, como se de um bébé abandonado de tratasse. É que sou de ferro, em algumas coisas, bastante implacável e até má, mas noutras, a minha moral leva sempre a melhor.