segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um cantinho nos infernos...

Fala-me de machos valentes e de rédea curta. Lembra-me os heróis dos filmes que via com o meu pai. Morria de amores pelo Rock Hudson, à altura o exemplo máximo de homem com H grande. Hoje todos sabemos que o Rock não passava de uma paneleira safada, a par de tantas outras, camuflando a sua condição com papeis no grande ecran, absolutamente arrebatadores. Curiosamente o senhor Hudson não se dava com o James Dean, num estilo afectado e frágil, a verdade é que jogavam ambos na mesma equipa. A grande diferença é que um aviava biscoito a torto e a direito e o outro não tinha problema em expor as suas emoções e se preciso fosse, até chorar, mas chorar visceralmente como um bebé. A minha mãe ensinou-me a gostar de homens feios e a cheirar a cavalo, ao que parece algures pelo meio deste percurso, perdi-me qual ovelha tresmalhada. A mãe termina a sua linha de pensamento "homem que chora, diabo o pariu". Eu sempre disse que haveria de ir para o inferno, mãe.