segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O bater do coração

Há muito que não fazia uma limpeza geral. Do género, deitar fora tudo o que não interessa, guardar apenas o que me faz bem. Ontem não resisti e fi-lo no campo das emoções. Aliás, nessa área sou especialista, despacho pessoas, como quem come tremoços. Assim foi com o Pedro, após uma relação falhada, há a amizade como ressalva. Mas quando falta o bater de um coração o que pode restar entre duas pessoas? De um lado, há uma criatura que não vive....rasteja. O sangue não lhe corre nas veias, antes, gelo. Do outro lado, há outra quem anseia pelo calor de uma simples palavra ou a força de uns braços ardentes. Porque sem os afectos nada disto faz sentido e quando  for para debaixo da terra, o meu coração já não irá bater, mas terá tatuadas todas as emoções que em vida senti na pele.