terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ó Nandooooo

Passam pela minha vida tantos cubos de gelo, pessoas cujos afectos não deverão tomar demasiado espaço nas suas existências, portanto, sentar-me ao colo do Nando em pleno Chiado, numa noite fria de Outono, foi talvez das coisas mais calorosas que fiz nos últimos meses, a par do chocolate quente que bebera minutos antes. O Nando é sábio, porque não fala, rijo como o ferro ali fica para quem o quiser fotografar, qual postal de Lisboa, não é segredo nenhum, o nosso Fernando Pessoa mesmo à Porta da Brasileira. Também não é de estranhar, numa capital cheia de gente com coração de pedra, encontre, no colinho do Nando e a altas horas da noite, alguma humanidade. Agora é ferro mas antes foi homem, carne e osso, com as sensações à flor da pele.