Reporto-me para a Calçada do Combro, uma casa com velhas tabuinhas, um gira discos e o som dos ABBA. Rodopiava em cima da carpete azul petróleo, teria 6 anos, e nunca ouvira uma coisa assim. Tenho saudades do tempo da descoberta. Tudo era surpreendente e fantástico aos nossos olhos de criança. É esse olhar que tantas vezes gosto de preservar, a ingenuidade da primeira vez, mesmo que seja a milésima. É claro, há sempre um brutamontes a chamar-nos à atenção "então, quando é que cresces?".
