A profissão de sonho. Não sonhei, mas que sorte, alcancei-a mesmo sem a sonhar. Não precisei dormir com directores, vender a alma ao diabo, fazer truques de magia negra ou tramar meio mundo. Suor, lágrimas, dedicação, um longo percurso de evolução pela frente que calcorreei. Tantas vezes em conversa, quando me perguntam sobre o meu historial, briosa falo do quanto que passei, e do tanto que consegui pelo esforço e trabalho. Mas depois em silêncio, já com os meus botões, penso, mas o que alcancei, afinal? Uma profissão de nome sonante que no fim do mês se reflecte em pouco mais do ordenado mínimo, quando já lá vão 15 anos de carreira? Chamaria a isto de orgulho besta!
