Um carro cheio de homens, elá....
Caminhava com os meus sapatinhos vintage, armei-me ao pingarelho, mesmo sabendo que não podia ir longe com um salto daqueles, alonguei o passo. Senti as suas cabeças virar-se, o sinal não abria, e eu continuava na passadeira, a minha passerelle improvisada. Qual Carrie BradShaw de "Sexo e a Cidade", versão mal esgalhada algures no meio do subúrbio, tropeço não sei em quê e quase me estatelo no chão.
O mesmo carro cheio de homens, cabrões...
Lá me recompus, passo atabalhoado, tentei alguma dignidade na pose altiva que um sapatinho daquela qualidade merece. Na minha ingenuidade pensei que os senhores estivessem a galantear a jeitosa, pelos vistos apostariam entre eles e antes que o sinal ficasse verde "cai ou não cai". Porque sou das que gosta de tropeçar mais que uma vez no mesmo erro, haja forças para erguer-me e seguir em frente, não me venceriam pela queda, mas que moeu o ego...ai isso moeu...
