quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Bodega


Quando digo que escrevo uma autêntica bodega, não é para ouvir, em contraposição, comentário paternalistas. Nada disso. Sabem aquela sensação de gostar muito de algo, mas saber que realmente não fomos talhados?! Talvez lhe pudesse chamar o síndroma "Natália de Andrade", com a diferença que a senhora era autista (e surda) portanto achava-se absolutamente espectacular na sua mediocridade. Eu sofro, por severas limitações que só com muito treino, disciplina e dedicação iria amenizar. Depois há o meu editor, uma bicha do demónio, insiste em não corrigir as crónicas antes de as mandar imprimir. Só me apetece chorar, quando vejo a revista na rua, e as gralhas que ninguém se lembrou de limpar, mas ele continua a querer-me muito na sua equipa. Quer até que escreva uma BD e tudo. Sinceramente acho que sou bastante surreal para ser real, talvez na banda desenhada reencontre o verdadeiro eu, no esplendor de toda a minha estupidez.