Carência, pura carência, é a única conclusão para certas ocorrências. Juro, ou assim pareceu, houve um tipo a insinuar-se, várias vezes. Olhou-me discretamente, sorriu cúmplice, meteu conversa, estava interessado ao ponto de tecer uns quantos elogios ao meu sentido de humor, e revela alguma vontade de encontrar-se comigo um dia, a sós, quem sabe. Quando nos despedimos, um ambiente insinuante, nenhum dos dois quer ir embora, especados, frente a frente, despedimo-nos, mas algo nos prende novamente à conversa e voltamos a cumprimentar-nos....tolice, dizemos, então, outra vez? Até à próxima, agora é mesmo, eu sorriu, olha para trás até me perder de vista...e, por incrível que pareça, é a última vez que volto a por-lhe a vista em cima.
