Os homens mais velhos têm por hábito aquele tom paternalista que me aborrece de morte. Mas ele não é assim. Podia ser meu pai, e que sortuda seria eu ter um pai assim, um humor dos diabos, contador de histórias maravilhoso mas que no fim assume nada saber ou nada ter vivido. Uma humildade que nos desarma, completamente. Somos bons amigos. Passamos horas à conversa, numa esplanada na praia e quando o deixei, vinha de alma tão cheia, a transbordar de amor próprio. Eu não preciso de andar a pedinchar "amiguinhos" na internet, pois não? Entrei no carro, levantei o som, no rádio a electrónica do Nuno Maia e toca prá frente...
