sábado, 30 de julho de 2011

Podia ser fodido...mas não é....

Com o meu super ego de elefante é doloroso levar uma tampa! Não vale a pena camuflar, é mesmo fodido. Sim, podia agora correr para os braços do primeiro animal que se apresentasse, só para esquecer o quão miserável me sinto. Curiosamente não tenho qualquer vontade. Porque estou tranquila comigo e sei que a rejeição faz parte do crescimento. Seja em que área da vida for. Noutra altura, ele ficaria na minha lista negra e desejaria no mínimo que tivesse uma morte bem sangrenta, uma cena à filme do Tarantino, com sangue espalhado por todo o lado. Enquanto escrevo estas linhas, olho pela janela, com um céu azul fantástico lá fora, encolho os ombros e penso, bom tenho um monte de loiça para lavar. Penso que é essa a real importância que ficou da tampa que levei. Chato mesmo, é que ontem fiz uma massa que se colou ao fundo do tacho e hoje vai custar a sair...maldição. Mas a tampa, essa lava-se bem!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lovely Judas!

Andam os terrestres todos preocupados porque não sabem realmente o que querem. Baralhados, telefonam-me, angustiados, porque lutam entre o dever e obrigações matrimoniais e desejos de pura luxuria, uma daquelas batalhas de consciência que mais parece uma guerra medieval. Serenamente apresento-lhes mil caminhos para as suas inquietações, porque sou pragmática. Só para a morte não há solução e devia começar a cobrar consultas de aconselhamento. Depois há uma capacidade extraordinária em mim, quando se trata dos outros, eu consigo mandar os valores e a moral toda às couves e ser a maior putéfia. Queres? Força! É nesse ponto que penso que me parece ter demasiada testosterona, se bem que já fiz o teste hormonal e estava tudo no sitio, bom, então sou mesmo muito cabra e assumo que para o bem do matrimónio as testas devem estar enfeitadas. Se fosse cristã, ainda podiam deduzir tratar-se  da coroa de espinhos de Jesus Cristo, mas é mesmo um par de cornos, desde que a visada não seja eu. Só aconselho. Deixem-me de fora, por favor.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Desafino...

É um facto que estou um ser humano muito melhor do que há uns anos, até do que há uns meses atrás. As pessoas dizem-me na cara. Não precisavam, eu sei analisar-me, reconheço as mudanças, em alguns casos fiz por acontecer, noutros foi naturalmente. Dai a ficar o ser perfeito, vai um passo de gigante e nem sequer pretendo percorrer esse caminho, porque a imperfeição faz parte do meu encanto. Acho fantástico entrar em casa e cheirar-me a algo azedo e tentar descobrir o que estará estragado. Qual perdigueiro ando para ali a cheirar, até que descubro, sinto-me em glória e depois volto à vida normal. As minhas imperfeições, noias, mariquices não poderiam nunca deixar de fazer parte do meu carácter, jamais!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Conspiração

Ingenuidade é uma qualidade que mantenho no meu carácter. É com muito gosto que sou assim. No trabalho limito-me às tarefas essenciais, às relações triviais, a ser educada, bem disposta e simpática e logo depois já estou a abandonar o edifício. Não sou de almoçaradas com o pessoal, nem cafezinhos estratégicos. Basicamente a conspiração está em todo o lado na nossa sociedade, desde o merceeiro que nos entrega as três bolinhas mais o pacote de leite, até à grande multinacional. Porquê? Porque as pessoas perderam a noção do mais importante de estarmos aqui, a pisar este chão, a qualidade de vida. A qualidade de vida não é ter o bolso cheio de dinheiro, mas o coração a transbordar de amor  e disponibilidade para o partilhar com quem mais amamos. Esse é o verdadeiro propósito da nossa existência neste mundo em que até já há quem conspire contra si próprio. Loucos de merda!

A pseudo-tampa

No amor não deve haver orgulho. E mesmo que há muitos anos atrás o nosso relacionamento tenho sido tudo, menos de sonho cor de rosa, hoje a minha predisposição é absolutamente diferente. Não tenho fantasmas, as gavetas estão arrumadas e tudo está nos locais certos. Coloquei os meus sentimentos nas mãos dele, com toda a coragem do mundo, porque se antes quem se deveria declarar era o homem, eu sou uma progressista, e  declarei-me ao homem que queria na minha vida. Notem, eu disse, queria, passado. Não tive de resposta um daqueles SIM de Igreja, dia de casamento numa cerimónia com padre e tudo, cheira-me a "pseudo tampa". Adeuzinho...não preciso de esmolas.

domingo, 24 de julho de 2011

Apaixonada

Sim, estou apaixonada, por alguém que há muitos anos fiz "gato sapato". Há ironias do diabo. Se ele quiser pode vingar-se de mim, estou vulnerável e coloquei a minha vida nas mão dele. Disse-lhe, sem qualquer disfarce, desejo-te, quero-te na minha vida e espero por ti. E sim, estou à espera, bem ao jeito "Hollywodesco", que ele toque à campainha e apareça em casa, assim de surpresa e nos beijemos arrebatadoramente. Eu fui uma real cabra há uns anos atrás - e talvez tenha de pagar os meus pecados - vou ficar a definhar à espera, até ao dia em que perceberei que ele não vai aparecer. Não o vou odiar, nunca. Eu mereço, eu sei que sim.

sábado, 23 de julho de 2011

Vivós cabrões!

Nós mulheres ainda ficamos indignadas quando encontramos um cabrão. Ligamos às amigas todas, contamos a mesma história, com os mesmos detalhes, um milhão de vezes, e terminamos sempre da mesma maneira "já viste, granda cabrão!?". Pois bem, eu aplaudo esses cabrões com C grande, esses cabrões que assumem que o são, que passam pela nossa vida e dizem claramente o querem de nós, sem rodeios, que mal notam uma hesitação viram-se para a miúda que está logo ao nosso lado, porque não há tempo a perder e a noite ainda é uma criança. Esses cabrões não querem partir o coração a ninguém, caras amigas. Os outros, os indecisos, os que querem ser cabrões - mas não sabem muito bem como sê-lo ou cujos princípios e valores se atravessam pelo meio - esses são os perigosos, a esses chamo-os de filhos da puta e cuspo-lhos em cima!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Amor próprio

Os homens mais velhos têm por hábito aquele tom paternalista que me aborrece de morte. Mas ele não é assim. Podia ser meu pai, e que sortuda seria eu ter um pai assim, um humor dos diabos, contador de histórias maravilhoso mas que no fim assume nada saber ou nada ter vivido. Uma humildade que nos desarma, completamente. Somos bons amigos. Passamos horas à conversa, numa esplanada na praia e quando o deixei, vinha de alma tão cheia, a transbordar de amor próprio. Eu não preciso de andar a pedinchar "amiguinhos" na internet, pois não? Entrei no carro, levantei o som, no rádio a electrónica do Nuno Maia e toca prá frente...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Negativismo farçolas

Desde me lembro ser miúda me chamam pessimista. Talvez na altura fosse realmente, porque não conhecia outra forma de estar na vida, e era difícil contrariar os genes que o meu pai me deu, mas agora, é apenas uma forma de ironizar com as minhas misérias. Raras pessoas compreendem e quando tenho de fazer tradução ou legendagem então o caldo está entornado. Se fosse realmente pessimista, se não acreditasse na beleza do ser humano ou nas minhas próprias capacidades, alguma vez teria energia criativa, sequer, para criar este blog? Se isto ainda não responde às vossas dúvidas, vão para dentro, por favor...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O vinho dos amantes

Adoro, mas adoro mesmo, ao ponto de me apetecer distribuir chapadas por toda a gente, quando me dizem que o motivo pelo qual eu estou sozinha é porque não saio à noite. Pela altura dos grandes clássicos da literatura, havia o vinho amantes, misturado com ervas misteriosas que continham segredos, se ambos as bebessem ficaram apaixonados eternamente. Hoje o vinho, é substituído por bebidas brancas e na manhã seguinte o efeito de tal paixão arrebatadora já passou à história. E quando nos olhamos ao espelho mais parecemos a gata borralheira que acordou com um sapo ao lado.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Atrevimento?

Quando afirmo de peito cheio querer namorar a vida inteira, à minha volta todos as cabeças giram, os rostos questionam-se, os olhares condenam-me e é-me atribuído um selo de «flausina». O que não fazem ideia, nem têm de saber, o meu sonho é namorar a vida inteira com o mesmo homem. Esse é um verdadeiro teste de resistência a uma relação, mantê-la acesa quando tudo já vai ficando flácido e os cabelos rareando. Eu sei, talvez seja um grande atrevimento da minha parte ambicionar tal feito, chamem-me sonhadora, mas eu acredito que vou conseguir.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A arte de "spoonar"

"Spoonar" estará na lista das minhas coisas favoritas. Não é nada que se coma, mas perdoem-me a brejeirice, pode levar a que duas pessoas se "comam" de desejo uma à outra. Se bem que o meu Spooning é quase sempre romantizado, amoroso e gosto que seja querido, sem que se despertem outros intentos que não seja a meiguice do acto de acariciar. Poderão questionar, o que raio é "Spooning"?! Em português, há quem lhe chame "cadeirinha", "conchinha" ou "colherzinha", para mim será sempre...o mais lindo "spooning" do mundo, porque é feito com amor!

domingo, 17 de julho de 2011

Sim, eu agora sei o que quero...

Cai na ilusão de achar que através deste blog encontraria amizades sinceras. Errado. Mesmo assim ganhei um gosto imenso por escrever, assim descomplexadamente, num local que tenho como certo quase ninguém ler. Dei comigo a desmarcar um encontro, alvo destas virtualidades, a criatura até pode ser boa pessoa, mas estou tão escaldada, e logo agora que me sinto tão confortável comigo, sozinha, em paz, não me apetece que alguém de fora venha estragar essa harmonia. Talvez nunca compreendas, nem quisesses compreender. Uma coisa é certa...eu não quero estar cá para ver, porque já vi tanta coisa e raras vezes gostei. Desculpa Pedro. 

O silêncio é de ouro

Enviou-me um SMS a oferecer-me uma Frize. Aceitei em menos de um minuto, não fosse ele arrepender-se. Amigos como ele, não encontro todos os dias. Pensei, com toda a minha sordidez, será que o cheiro do meu cadáver lhe chegou ao nariz para dar notícias? Depois de um fim de tarde bem regado, com águinha, um frio de rachar em pleno Verão, não pude deixar de abusar da bondade do meu querido amigo e pedir-lhe alguns conselhos. E do pouco que disse, houve sensatez, como seria de esperar. A reter a seguinte frase «às vezes ganhamos em ficar calados». Silenciei e compreendendo que tinha passado grande parte da minha vida a proferir disparates desnecessários, a afastando algumas pessoas de valor.

sábado, 16 de julho de 2011

Conectividades

No início o amor cibernético, um sonho irreal. As novas tecnologias a darem um rumo às emoções romantizadas, de forma quase inesperada, houve namoros que terminaram em casamentos. O mundo espantou-se e aplaudiu de pé. Hoje, pensa-se com desdém, conheceram-se na Internet, sabe-se lá em que tipo de chat, com que tipo de conversa, terão feito sexo virtual?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

É aquela crispação...

Fico de todo quando me perguntam por onde ando à noite. Bom, entre a cozinha, a petiscar, depois passo pelo quarto para ver TV, escritório quase sempre agarrada ao PC, nunca na sala, que embora gira e decorada (à minha maneira), não deixa de ser o local da casa onde me sinto mais só. Depois voltam a refazer a pergunta, como se eu fosse uma tola, sair à noite e tal. É o Bairro? É a Expo? É a 24 de Julho? Não, é a minha casa, o melhor sitio do mundo. Porque eu gosto pouco de festas, não fosse eu uma gata, prefiro....festinhas...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Egoista

Sonho desde criança ter uma varanda. Agora que tenho a minha casa, mesmo que alugada, calha-me marquise. A gata gosta de apanhar banhos de sol, facto que não gosta de ter o pêlo molhado no Inverno, mas é tão bom sentir o ar da rua, numa falsa sensação de liberdade. Nada disso, continuo trancada, com paredes, janelas, vidros, por onde entra a luz e o reflexo do sol que me aquece os dias, mesmo os amargos. A ironia de tudo isto, as janelas do ninho, essas estão sempre fechadas com os estores a trancar até ao último buraquinho de luminosidade. No meu quarto, quero um templo, onde me deito e o espaço é só meu. Egoísmos.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Qual a diferença?

Tinha o péssimo hábito de achar que toda a gente deveria ser como eu. Tolerância zero pela diferencia. Torcia o nariz logo à partida e queria "não gostar", só porque sim. Chamavam-me "mete nojo" e nunca tive vontade de perceber o porquê, mas a palavra "arrogante" acertou-me em cheio. Em que é o meu cupcake era prioritário em relação ao teu cigarro? E porque raio a patinagem artística é mais edificante que o futebol? Aos 34 anos partir para as coisas com vontade de "querer gostar" é um desafio, um exercício...um crescimento...

terça-feira, 12 de julho de 2011

O milagre

Morri. É assim que tenho falado de mim ultimamente. Há quem ironize, para cadáver, estou com muito bom aspecto. Não quero pôr termo à vida. No fundo ainda a amo em demasia. Mas só há um pensamento que me percorre a cabeça nestes últimos dias «quem não é para amar e ser amado, não anda cá a fazer nada». Hoje um amigo lembrou-se de mim e bebemos uma Frize. Dei-lhe a notícia em primeira mão, morri. Não me olhou com caridade. Colocou a mão no queixo e concluiu que de quando em vez é bom morrer para voltar a ressuscitar.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Confrontação

Chega a ser doentio. Tira-me mesmo o sono. O corpo está cansado mas sinto o cérebro tão eléctrico, cobra-me os falhanços todos, e o sono vai-se. Eu imploro para me dar descanso e para me deixar em paz! Os meus fantasmas reúnem-se todos à noitinha, quando o silêncio impera, e sussurra-me ao ouvido...«não vales um chavo, ninguém te quer e estás nessa cama sozinha com um gato.» E no fim das contas, tal é o meu desatino, a minha inquietação, as voltas que dou que até o gato sente o desconforto e parte para um leito mais tranquilo.

domingo, 10 de julho de 2011

Maturidade

Sempre fui pobre até a pedir. Isso não quer dizer que não saiba exactamente o que pretendo. Tenho as minhas convicções, as minhas certezas que tantas vezes descambam em profundas burrices. Sou capaz de tropeçar duas vezes na mesma pedra, pisar duas vezes o mesmo cagalhão e chorar as mesma lágrimas uma vez mais. Sou feliz, sem que a minha felicidade venha embrulhada num presente com papel prateado e um laçarote dourado. Até os momentos de porcaria fazem parte da minha felicidade. E esta solidão estúpida que sinto, também. Só que ainda não cheguei ao estado de suficiente maturidade para compreender isso.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dançando sozinha

Quando era miúda queria ser coreógrafa. Talvez influenciada pelos "telediscos" dos anos 80 que passavam na televisão, pela moda de dança jazz, que se vivia num fervor desmedido em que qualquer colectividade apresentava aulas ao preço da uva mijona. Por timidez, nunca frequentei quaisquer aulas, mas o sonho manteve-se. E ainda hoje, sozinha, gosto de explanar números contemporâneos a que só eu assisto. Não consigo dançar com ninguém, nem para ninguém. Talvez explique o verdadeiro motivo desta brutal solidão!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Importam-se?

Eu sou uma romântica à moda antiga. Daquelas chatas que dorme agarrada à almofada a sonhar com o seu querido e acorda com um sorrido parvo a pensar no seu amado. Eu gosto de andar de mão dada, aninhada, de me enroscar, de lhe sentir o cheiro e a pele. Adoro dizer-lhe coisas bonitas ao ouvidos, outras atrevidas e ainda outras absolutamente parvas e despropositadas. A Julieta do século XXI confinada à ausência de um Romeu, porém, é uma opção consciente. Para dançar o tango são precisos dois e enquanto assim for, danço um belo contemporâneo...a solo...

Gata escaldada...

Eu sou aquela boa miúda, cuja as moscas caem todas na sopa. Simpática, divertida, bem disposta, disponível, inteligente e a juntar a tudo isto ainda é gira (e pelos vistos a humildade deve ter ficado na "da mãe aos saltos"). Tenho sentido auto crítico, e sei claramente, que sou genuinamente boa onda, e questiono-me o porquê de às vezes levar com cada balde de água fria!?

terça-feira, 5 de julho de 2011

Lirismos tolos...

O cinema, como já devem ter reparado, é uma paixão. A música também. Infelizmente não vejo um concerto como deve ser há algum tempo. O último a que assisti foi no «Festival do Silêncio» no Cinema S. Jorge, homenagem a Al Berto e embora o elenco fosse de luxo, estava capaz de um ataque de nervos tal o lirismo dos protagonistas. Houve encenações longas e despropositadas, com o João Peste a fazer vir ao cimo de mim o pior, que já nem lembrava existir. Valeu por ter ouvido covers dos Joy Divison, Patti Smith ou Doors. A questão é que não sabia que ia a um concerto de versões. De tudo isto destaco a companhia, uma boa amiga. Como ela precisava de mais 50. Alguém por ai???

O pacote

Buscamos todos qualquer coisa. Admiti-lo parece mal. Sou muitas vezes criticada por assumir que me sinto só. Dizem que a culpa é minha. Que culpa tenho eu de não gostar de me enfiar em discotecas com a música a ribombar sem que as pessoas se consigam ouvir??? E quando lhes digo que não tenho namorado, acham uma vez mais que eu sou a grande responsável, porque certamente ostracizo os menos abonados pela beleza e elegância. E ninguém pensa que secalhar eu é que estou farta de ser vista como uma "coisa"?!! Talvez fosse interessante que começassem a disponibilizar-se a gostar de mim, pelo conteúdo e não pela embalagem.

domingo, 3 de julho de 2011

Cordialidades

A minha grande fortuna, o meu trabalho. Não pelo salário, miserável. A satisfação é uma coisa inacreditável. A minha profissão de sonho, ou talvez não, sempre sonhei no campo das possibilidades e ter esta profissão parecia-me irreal. Hoje com 34 anos, 14 anos de experiência tenho um orgulho que me enche o ego de vaidade. Sei que sou boa no que faço, mesmo que nem sempre devidamente reconhecida, eu dou o meu melhor e deito-me todas as noites tranquila. A questão impõe-se e amigos no trabalho? Eu juro que tentei, mas trazê-los para casa, é realmente uma triste ideia. A última vez que tive uma semana de férias, passei-as com uma amiga/colega e fiquei com a sensação que não tinha saído do trabalho (ou será que o trabalho é que não tinha saído de mim?). São pessoas que têm interesse para conviver cordialmente no dia a dia, partilhar uma cafezada, nada mais...

Um amargo de boca chamado Verão

O Verão é a melhor estação do ano, dizem. Para quem sente a mais pura solidão na pele, o calor, parece o sopro de mil infernos a lembrar-nos o quão detestáveis deveremos ser, por estarmos ali...abandonados no sofá, a definhar. O telefone não toca, nem sequer o carteiro bate duas vezes e a única alma que se apresenta à porta é o vizinho que reclama a música muito alta. De há uns anos a esta parte passei a detestar as férias e pedirem-me para marcar 25 dias no calendário é tortuoso. O que fazer durante tantos dias?

sábado, 2 de julho de 2011

Anormal

A maior parte das vezes sinto que não devia estar aqui. Mas fugir para onde? A única escapatória possível, e que conheço, seria a mais cobarde, e isso nem sequer me ocorre. Portanto, à minha maneira tento encaixar, mesmo sabendo que este blog possívelmente é ignorado e que ninguém terá paciência para dar uma vista de olhos nestas escassas letras. Os textos são curtos e directos já para não massacrar. Não há dissertações secantes. Vou directa ao ponto, eu procuro amigos.

Valentes chazadas...

Há uma casa de chá que tem um excelente cheesecake, às vezes alterno com os scones, no Verão gosto de chá fresco da casa, mas tudo isto só faz sentido com uma boa companhia. Conversas que se perdem, entre risos mais ou menos desbragados, já nos avisam que é hora de fechar, e nós vamos assentar arraiais para a praia porque a Costa fica mesmo aos nossos pés. Quem se atreve a acompanhar-me?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Solidão

Tantas vezes se pensa que a solidão é coisa de gente feia e mal jeitosa, velhotes ou inadaptados. Não me parece encaixar em nenhuma das categorias e a verdade é que padeço desse terrível mal. Resolvi criar este blog com o objectivo de estabelecer uma salutar rede de amigos, que venham por bem, pessoas sociáveis que não se queiram esconder atrás de um computador como velhos eremitas há muito mortos para o mundo. Quem acha que não precisa de ninguém é porque tem uma arrogância tão desmedida e acabará por definhar sozinho. Sim, sou suficientemente humilde para criar um espaço e dizer, hey, amigos precisam-se. Há nisso bastante coragem.